
Não gostar de ser mãe não quer dizer não gostar do(a) filho(a)
- Psicóloga Adriane Souza

- 19 de dez. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 22 de dez. de 2024
Acordar cedo para a escola, mesmo não sendo você quem precisa ir. Lembrar da consulta médica, que não é para você. Viajar de férias e ainda ter o mesmo trabalho que tem em casa. Não dormir à noite, mesmo tendo que trabalhar no dia seguinte, e não ser você quem está doente.
São muitas tarefas e responsabilidades ao cuidar de uma criança. É muita doação de tempo, energia, disposição, dinheiro... Mas isso não significa que você não ame seu filho ou sua filha. Você, assim como toda mãe, sente orgulho e felicidade ao ver a criança adquirir uma nova habilidade, emociona-se com uma apresentação do Dia das Mães, vibra com cada pequena conquista.
Tudo na vida tem seu lado bom e seu lado difícil. Para tudo existem pessoas que gostam e pessoas que não gostam. Não é porque uma mulher se torna mãe que ela precisa amar tudo sobre a maternidade. Ninguém disse que seria fácil criar uma criança, mas também ninguém avisou que seria tão desafiador, certo?
Não é seu filho que você não gosta, mas sim da privação de sono, do bico do peito rachado, das dores da cesariana, de outras pessoas dizendo como você deve criar seus filhos, dos palpites não solicitados, da cobrança para amar todos os desafios da maternidade sem nunca reclamar... É difícil quando esquecem que você é humana e que também tem necessidades que precisam ser atendidas.
Ser mãe numa sociedade que julga tanto, que impõe tanto e que desumaniza as mulheres mães é, inegavelmente, um grande desafio. Portanto, você, mãe que está lendo este texto, seja mais gentil consigo mesma. Permita-se ser humana e, principalmente, permita que outras mães também o sejam. Julgue menos, compreenda mais.
Com carinho,
Psico e Mãe Adriane



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